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Nota sobre a reintegração de posse no terreno destinado ao Minha Casa Vida

Há 30 anos, o Movimento dos Trabalhadores Leste 1 e a Associação Santa Zita constroem moradia digna e estimulam a organização dos sem teto na luta por moradia. No terreno do Cangaíba, cerca de 400 famílias conquistaram com organização e persistência. Depois de 03 anos, obtiveram financiamento no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades para a compra do terreno e a construção de 438 apartamentos em regime de mutirão e autogestão. O projeto está em fase final de licenciamento, junto à Prefeitura Municipal.
No último dia 17/06, cerca de 30 pessoas, de forma violenta, ocuparam o terreno e passaram a atrair outras famílias da vizinhança com a promessa de que ele seria destinado aos que se alojassem no local. Em troca, vendiam segurança, materiais de construções, entre outros serviços. Enquanto a maioria lutava por uma moradia, alguns buscaram levar vantagem sobre a miséria alheia.
A desocupação obedeceu a uma decisão judicial fundamentada, os ocupantes foram intimados pessoalmente com prazo adequado para saírem pacificamente e os meios para o transporte dos bens foram disponibilizados aos que se interessaram. Na data de hoje, embora a reintegração tenha se iniciado de forma pacífica, um grupo de ocupantes optou por incendiar seus próprios pertences e interromper a circulação dos trens da CPTM.
Reafirmamos nosso compromisso com a defesa do direito á moradia e com o diálogo permanente como forma efetiva de solução de qualquer tipo de conflitos. O Movimento está de portas abertas para as famílias que quiserem lutar por moradia.

Participe da Plenária da Leste 1

Convidamos todas as famílias do movimento para a Plenária do Movimento,

zonaleste2016-04
18 de setembro – Das 9 às 13 horas
no Sindicato dos Metroviários – Rua Serra de Japi, 31 – (entre o Metrô Tatuapé e Carrão)

Nos últimos anos ocupamos as praças, as ruas e a cidade em defesa da moradia digna e da construção de uma nova sociedade. Conquistamos políticas e projetos que são melhores porque as famílias participam em todos os momentos.

Defendemos o mutirão e a autogestão e nenhum golpe vai destruir nossos direitos.

Para celebrar nossas conquistas e preparar as próximas lutas vamos reunir os mutirões, os grupos de origem de todos os bairros, os projetos que já são realidade e apresentar as novas áreas que a Leste conquistou na luta.

Em ano eleitoral, temos que fazer nossa voz chegar ainda mais forte nos governantes e garantir a eleição de quem tem compromisso com as nossas bandeiras. Será um grande encontro, com nossas cores, nossas músicas, nossas palavras de ordem e a alegria de quem sabe que só há vitória com luta!

 

Não vai ter golpe! Vai ter luta!

O Movimento Sem Terra Leste 1 segue em sua mobilização contra o golpe e em defesa da democracia. Junto com a União Nacional por Moradia Popular e a Frente Brasil Popular, estaremos nas ruas contra o impeachment e por mais direitos.

14-ABRIL – 5a feira – das 8 às 19 H – Leste 1 participa do Acampamento da democracia na Praça do Patriarca (ao lado do Viaduto do Cha). As famílias podem ficar o horário que puderem. Marcar a presença com Zelina ou Fernando

15-ABRIL – 6a feira – 16 h – Panfletagem em São Mateus – Nos encontraremos no Largo para panfletar. Todos são convidados.

17 ABRIL – 14 h – ANHANGABAU – Todos na rua para acompanhar a votação. Participe e leve seus amigos.

Levem Bandeiras, faixas, camisa do movimento.

Operação Urbana Tamanduateí

Nota sobre Operação Urbana Tamanduateí

CARTA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS AO DEBATE SOBRE A
OPERAÇÃO URBANA BAIRROS DO TAMANDUATEÍ

Em São Paulo, as operações urbanas, sempre concederam ao mercado imobiliário uma verdadeira “licença para matar” regiões inteiras da cidade. Até agora representaram apenas uma parceria para a exclusão social. Queremos reverter esta perspectiva garantindo o direito à cidade, radicalizando a democracia, priorizando uma visão socioambiental e convidando os proprietários e empreendedores a compatibilizar o interesse público com o meramente individual.

Para contribuir nessa discussão, as entidades que atuam historicamente na luta pela regularização e urbanização das favelas, os movimentos dos sem teto, os encortiçados, os urbanistas comprometidos com a mudança social e os estudantes convidam a todos os interessados a construir coletivamente uma plataforma de lutas que proponha alterações na minuta apresentada pela Prefeitura.

Em defesa da cidade e contra a expulsão dos trabalhadores, defendemos:

Mais debates, maior consenso – A fase final do debate no executivo deve permitir a pactuação mínima das principais divergências. Queremos a realização de, no mínimo, mais seis audiências públicas e também a análise do Conselho Municipal de Política Urbana, anteriores à elaboração do projeto de lei e que permitam: discutir o modelo de adensamento proposto, a política de habitação que deverá ser implantada, a radicalização da aplicação dos instrumentos urbanísticos, tais como as ZEIS, a cota de solidariedade, o parcelamento e a edificação compulsórios, as formas de controle social, entre outros.

Do teto e do chão não se abre mão! – Os moradores das favelas, dos quintais e cortiços e a população de rua até hoje só conheceram a mão forte da especulação imobiliária. O Estatuto da Cidade ainda não chegou para a maioria. Queremos a clara indicação de que os atuais moradores não sejam expulsos pela valorização imobiliária. Queremos prioridade para a urbanização das favelas e para a moradia popular, com mutirão e autogestão, com a relação de favelas listadas na lei e garantia de acesso e atendimento aos atuais moradores.

Adensamento para quem? – O adensamento populacional proposto é claramente antipopular. Prioriza e estimula o mercado, cuja forma de desconstruir o tecido urbano é conhecida. Queremos o detalhamento da produção imobiliária que se almeja, com a atualização das informações necessárias à compreensão do déficit habitacional existente e a formulação de uma estratégia para sua superação.

Não à relocação de ZEIS. – A principal característica das ZEIS é a garantia de terra bem localizada. A demarcação destas áreas é fruto de uma pactuação pública, realizada no Plano Diretor sob ampla participação social. Rever esta pactuação é um retrocesso injustificado. A quem interessa rever as ZEIS?

Controle Público da Gestão – Defendemos o controle público da gestão, com transparência, controle social. A proposta da empresa de gestão não explicita seus mecanismos de governança democrática.

Participação Efetiva – Revisar a proposta do grupo de gestão, garantindo maioria numérica à sociedade organizada e funcionamento, como contraponto necessário ao poder da administração e do mercado, a eleição direta de representantes, a possibilidade de suporte técnico à participação dos leigos e a instituição de mecanismos claros de monitoramento.

São Paulo, 21 de setembro de 2015

UNIAO DOS MOVIMENTOS DE MORADIA – MOVIMENTO EM DEFESA DO FAVELADO – MOVIMENTO DE MORADIA DA REGIÃO SUDESTE – MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TERRA LESTE 1 – UNIFICAÇÃO DAS LUTAS DE CORTIÇOS E MORADIA – LABCIDADE-FAU USP – INSTITUTO POLIS – OBSERVASP

Raquel Rolnik lança GUERRA DOS LUGARES no Maria Antonia

A Boitempo, o Centro Universitário Maria Antonia e a autora convidam para a noite de lançamento do livro GUERA DOS LUGARES: a colonização da terra e da moradia na era das finanças, da urbanista Raquel Rolnik.

Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e ex-Relatora Especial para o Direito à Moradia Adequada do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a autora apresenta palestra seguida de sessão de autógrafos na noite da quarta-feira dia 09 de dezembro
de 2015.

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Saiba mais sobre GUERRA DOS LUGARES no site da Boitempo:http://bit.ly/guerradoslugares

Livro em pré-venda na Livraria Martins Fontes: http://bit.ly/rolniklmf